29 de janeiro de 2010

em dia não...

Sim: existo dentro do meu corpo.
Não trago o sol ou a lua na algibeira.
Não quero conquistar mundos porque dormi mal,
Nem almoçar o mundo por causa do estômago.
Indiferente?
Não: filho da terra, que se der um salto, está em falso,
Um momento no ar que não é para nós,
E só contente quando os pés lhe batem outra vez na terra,
Trás! na realidade que não falta!

Alberto Caeiro
In Poemas Inconjuntos

Sem comentários:

Enviar um comentário