13 de janeiro de 2010

Mãe gira e jovem...

Hoje foi a vez do piolho ir realizar um exame médico.
Aqui a mãe, gira e jovem, resolve levar, também, a criança mais velha. Ela porta-se bem. Até ajuda e, sem dúvida nenhuma, faz companhia.
Depois da confusão* diária para sair de casa (*um dia dedico-me a este tema). Vamos para o carro. Ainda não estou sentada já filha pede ‘as minhas músicas, se fáx’favor’.
E lá vamos nós ao som de o Panda vai à escola-2, com músicas vezes e vezes pedidas para serem voltadas atrás e, ouvir de novo.
Chuva. Trânsito.
Chegamos ao hospital.
Estacionar.
Tirar o carrinho de passeio, tirar os casacos às crianças e, lá vamos nós.
Boa! Chegámos 40 minutos antes da hora marcada.
Bebé é chamado.
Perguntam se ele comeu… sim, comeu às oito da manhã.
‘Ah...pois… mas ele tem de entrar com a bexiga cheia. Tem de lhe dar qualquer coisa líquida antes de entrar para o exame.’
Pânico.
A mãe gira e jovem não tem qualquer líquido para dar à criancinha. Só água e isso ela bebe pouco. (Iogurte em polpa, bolachas e tudo mais que tinha na mala não servem!)
Lá vamos nós à Parafarmácia do hospital, em busca de uma papa líquida…
Não vendem. ‘Vá à sala x que lá têm uma máquina que tem esses produtos’, dizem.
Lá vamos os três.
€1,50 para a papa líquida.
E agora? Onde coloco a papa? Preciso biberão!
De volta à Parafarmácia. Não há biberões para a capacidade da papa. Quer dizer, há… mas em embalagem de duas unidades e com tetinas para recém-nascidos, há que comprar tetinas com furo maior.
€25 depois, com a papa e os recipientes num saco... Vamos para a cafetaria do hospital, onde pedimos para passar o biberão por água e aquecer a papa.
A criança mais velha, sempre bem disposta e satisfeita.
Subimos para a sala de espera do exame.
‘Sim, já tenho um líquido para lhe dar’.

'Então dê-lhe que já o chamo'.
A mãe gira e jovem senta-se, com as crianças e começa a tirar as coisas da mala (a filha quer comer também). Tudo preparado.
‘mãeeee, quero fazer xixi…..’
‘a sério? queres mesmo?’
Toca a colocar tudo na mala, sentar a criança pequena no carrinho (que neste momento desata num berreiro, porque sabia que ia comer e ‘espera só um bocadinho, meu querido, a mamã já dá’) e lá vamos nós para a toillett
Xixi feito.
Voltamos à sala de espera.
Tirar tudo da mala e sentar criancinha ao colo.
Rejeita biberão ou a tetina ou o sabor da papa não lhe agradou. E o facto de a irmã estar a comer um kinder délice também não ajuda…
Pânico 2.
E agora? Abana, agita, remexe o iogurte (que tinha na mala), pode ser que fique mais líquido…
E o bebé come deliciado. Aguinha para beber que pode ser que tudo ‘deslize’ melhor até à bexiga…
Somos chamados.
Bexiga pouco cheia, mas deu para visualizar. Tudo ok.
Pedir uma justificação.
Justificação passada.
Voltamos ao estacionamento. Pagar parque.
Pânico 3.
Para €2,40 só com moedas ou notas de €5. As moedas ficaram na máquina da papa líquida. Nota só de €10.
Aparece casal jovem (e giro também!) e peço o favor de trocarem. Eles perdem alguns elevadores, mas reúnem €10 em moedas. Obrigada, gente gira!
Colocar cartão na máquina. Pagar.

Finalmente, vamos para o carro.
‘onde está o cartão do parque?’
Vejo a carteira, e todos os compartimentos que ela tem, as 5 bolsas da mala, os bolsos do casaco, nada….
Voltamos para ao pé da máquina. Botões a piscarem. Máquina ‘a pedir’ os €0,40 que faltavam… a filha querida tinha tirado 50 cêntimos que máquina rejeitou (com a minha permissão... daaaahhhhh). Voltar a inserir o dinheiro.
Cansada, a arrastar-me, vamos para o carro.
Vestir casacos, sentar as criancinhas, fechar carrinho de passeio.
A mãe gira e jovem, neste momento, está a precisar de um banho de espuma!
Vai deixar o bebé com a avó e a filha na escolinha.
A mãe gira e, neste momento pouco ou nada tem de jovem, pois está irritada, chateada e outros ada, pois acabou de verificar que colocaram na justificação 1h a mais da hora real que entrou naquele hospital…

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